segunda-feira

AMIZADE

Entre os feridos, uma menina de 8 anos. Os médicos americanos precisavam de fazer uma transfusão, mas como? Reuniram as crianças e, entre gesticulações, tentavam explicar que precisavam de um voluntário para doar sangue. Depois de um silêncio sepulcral, viu-se um braço magrinho levantar-se. Era um menino. Ele foi preparado e espetaram-lhe uma agulha na veia. Passado um momento, ele deixou escapar um soluço. O médico perguntou se estava a doer e ele negou. Mas não demorou muito e voltou a soluçar, contendo as lágrimas. Os soluços ocasionais deram lugar a um choro silencioso, mas ininterrupto. Era evidente que alguma coisa estava errada. Foi então que apareceu uma enfermeira da região e começou a conversar com o garoto. O seu rosto ficou novamente tranquilo. A enfermeira explicou então aos americanos: “ Ele pensou que ia morrer. Não tinha entendido o que vocês disseram e pensava que ia ter que dar todo o seu sangue para a menina não morrer”.

O médico aproximou-se dele e perguntou: “Mas se era assim, porque é que te ofereceste para doar o teu sangue?” E o menino respondeu simplesmente:

“Ela é minha amiga”.

sexta-feira

O QUE É O AMOR..???

O que é o Amor ?

Numa sala de aula, havia várias crianças.

Quando uma delas perguntou à professora :



Professora, o que é o amor ?

A professora sentiu que a criança merecia uma resposta à altura da pergunta inteligente que fizera.




Como já estava na hora do recreio, pediu para que cada aluno desse uma volta pelo pátio da escola e trouxesse o que mais despertasse nele o sentimento de amor.



As crianças saíram apressadas e, ao voltarem, a professora disse :




Quero que cada um mostre o que trouxe consigo.




A primeira criança disse : Eu trouxe esta flor, não é linda ?



A segunda criança falou : Eu trouxe esta borboleta.




Veja o colorido de suas asas, vou colocá-la em minha coleção.

A terceira criança completou : Eu trouxe este filhote de passarinho.

Ele havia caído do ninho junto com outro irmão. Não é uma gracinha ?

E assim as crianças foram se colocando.

Terminada a exposição, a professora notou que havia uma criança que tinha ficado quieta o tempo todo.

Ela estava vermelha de vergonha, pois nada havia trazido.

A professora se dirigiu a ela e perguntou :

Meu bem, por que você nada trouxe ?

E a criança timidamente respondeu :

Desculpe, professora. Vi a flor e senti o seu perfume.

Pensei em arrancá-la, mas preferi deixá-la para que seu perfume exalasse por mais tempo.

Vi também a borboleta, leve, colorida.

Ela parecia tão feliz que não tive coragem de aprisioná-la.

Vi também o passarinho caído entre as folhas, mas, ao subir na árvore, notei o olhar triste de sua mãe e preferi devolvê-lo ao ninho.

Portanto professora, trago comigo o perfume da flor, a sensação de liberdade da borboleta e a gratidão que senti nos olhos da mãe do passarinho.




Como posso mostrar o que trouxe ?




A professora agradeceu a criança e lhe deu nota máxima, pois ela fora a única que percebera que só podemos trazer o amor no coração.

A INDIFERENÇA

Quando saías esta manhã de tua casa levando pela mão o teu filhinho, fiquei admirando os seus sapatos novos, o seu lindo capote de lã, a sua pasta de couro cheia de livros e a farta merenda que ele levava para o colégio.

Tu me olhaste com desprezo e seguraste o braço do teu filho, com receio que ele me tocasse.

Pensaste, por acaso, no meu infortúnio, no meu abandono, nos meus pés descalços e na minha roupa toda rasgada?

Será que eu poderia contagiar teu filho?

É claro que te esqueceste imediatamente do incidente; subiste no teu automóvel e te perdeste no tráfego louco da cidade, como se perdem sempre todos os meus sonhos.

Ali, só e abandonado dei asas à minha imaginação e fiquei pensando: que diferença existe entre mim e aquele garoto?

Temos mais ou menos a mesma idade, nascemos na mesma pátria; enquanto ele joga futebol com bolas coloridas, eu chuto pedras; ele dorme agasalhado em sua cama macia, e eu me deito no chão sobre jornais velhos; ele tem comida gostosa e variada, e eu tenho que catar algo nas latas de lixo; ele vai ao colégio para aprender a ler e escrever, enquanto eu vivo na rua aprendendo a roubar e a me defender.

São essas, por acaso, as nossas diferenças?

Será que a culpa é minha?

Será que sou culpado de ter nascido, sorrir sem saber quem é meu pai e tendo por mãe uma mulher sofrida e ignorante? Não fui eu que decidi não ir à escola e também não é minha culpa não ter casa para morar e nem comida para me alimentar.

Alguém resolveu assim e eu nem sei quem foi!

Não posso culpar ninguém porque a minha ignorância nem isso permite.

Não posso sair desta situação sozinho, porque sou incapaz de fazê-lo sem uma generosa ajuda.

Então, como nada é feito, cada vez se acentua mais a diferença entre mim e o menino que levavas pela mão.

No futuro ele será como tu.

Um homem de bem e de conceito respeitado pela sociedade.

E eu? Serei um reles vagabundo que se torna ladrão e caminha em direção ao cárcere.

E até possível que, dentro de alguns anos, o menino e eu voltemos a nos encontrar.

Ele como Juiz de Direito, e eu como réu delinqüente, ele para purificar a sociedade de tipos como eu, e eu para cumprir o meu desgraçado destino; ele para julgar os meus atos, e eu para padecê-los.

Como posso ser condenado ao cárcere, quando jamais tive uma escola para freqüentar?

E quando fiz as coisas à minha maneira chega o peso da lei e a força da justiça para me aniquilar?

Será que tudo isso é justo?

Amigo, não peço a tua mão pois ela é do teu filho; nem a roupa, nem a cama, nem o livro e nem a comida que só a ele pertencem.

Somente te peço que quando me encontrares na rua, sujo, esfarrapado e abandonado, grave a minha imagem em tua mente e, se sobrar um minuto na tua atribulada vida diária, meditas amigo..., meditas... como podes me salvar?

Sem indiferença, com certeza, poderemos fazer alguma coisa!!!